Coisas que só acontecem comigo (Diálogos numa farmácia)

Meu dedo do pé direito ficou do tamanho de um pão. Tipo Seven Boys. Com um certo exagero da minha parte, claro. Mas estava roxo e inchado. Isso é fato. No dia seguinte, enquanto fazia compras no Carrefour, de Havaianas, decidi dar uma chegada na farmácia do supermercado e perguntar para a atendente, que eu julgava ser farmacêutica, qual a avaliação dela sobre o meu dedo.


Eis que mostro meu dedo a ela. E ela, ao invés de me ajudar, decidiu mostrar a própria canela, que também estava roxa. Mas antes disso pediu que eu perdoasse a sua canela sem depilação. Ou seja, ela estava com a perna peluda. Olhei para o lado. Me recusava a ver aquilo num domingo de manhã. Já basta a minha canela.

- E o meu dedo?, perguntei rapidamente

- Parece torto, disse ela.

- E o que faço?

- Menina, deve estar doendo. Imagina a hora que você for dormir, a dor que não vai sentir. Você é casada?

Entrei em pânico. Não pela dor que ela previa porque eu já tinha dormido e a atendente não sabia, mas pela situação bizarra que eu me encontrava com aquela ser.

- Olha, se eu fosse você tirava uma chapa desse dedo porque se não ele pode ficar torto. O problema é que se tiver luxado ou quebrado não dá para por tala. Vai ter que engessar o pé todo. Aí já viu né?

- Tá bom, moça. Enquanto isso, me indica um remédio para aliviar a minha dor.

- Você costuma ter dor de estômago?

- Que?

- Porque se tiver dor vou te indicar um remédio que não ataca o estômago.

- Ta, ta bom. Eu tenho dor de estômago.

- Toma esse remédio, então.

- Ok, moça. Obrigada

Quando eu já estava na porta ouço-a me chamando de volta

- Ah, só pra te alertar que certeza que a sua unha vai cair! Pode esperar!

4 comentários:

dyegobendassoli 23 de maio de 2011 às 14:41  

Putz. Que trash. Isso é o que dá colocar a sobrinha do farmacêutico atrás do balcão nos finais de semana...=/

DEA BADIN 3 de junho de 2011 às 11:04  

MAS ISSO ACONTECEU DE VERDADE??? HAHAHAH QUE ENGRACADOOO

Mário Rossit 8 de junho de 2011 às 01:45  

Não estava perto, mas vi a mistura de, vá lá, revolta e desprendimento do enfermo. Deum deles, digo.

Priscila Moreira César 26 de março de 2012 às 14:18  

Nossa! Me desculpe, mas eu vi a cena e ridiculamente eu ri muito!!!

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Jornalista. Ardida. Gosta de livros, música, Mafalda, São Jorge, sorvete, corrida e bicicleta. Canta sozinha na rua e conta helicópteros no céu.

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