O quintal do Bartô

Desde fevereiro em São Paulo, o que não me canso de fazer por aqui é conhecer botecos e restaurantes, sozinha, com amigos ou com o Mario. Então, em uma cidade que não poderia ser mais propícia para falar de Gastronomia, voltarei a escrever sobre comidas, que além de ser um dos meus maiores prazeres, é onde gasto boa parte do meu salario.

Para a retomada, vou começar com o Beco do Bartô. A ordem não é cronológica.

Poder almoçar embaixo de árvores em São Paulo, como se estivesse no quintal da casa de um amigo, é mais do que um privilégio. A dois ou três quarteirões da Paulista, melhor ainda. Mais do que a comida, isso é o que mais me atrai no Beco do Bartô.

Já tinha ido lá para almoçar com amigos durante a semana e voltei para o jantar. Dessa vez acompanhada do marido. Para o jantar decidi experimentar a massa: Penne com carne seca desfiada, couve manteiga e queijo cremoso.

Pedimos para o prato demorar um pouco para ser preparado porque queríamos tomar uma cerveja com calma antes. Mario pediu o risoto de ossobuco com alho poró e vinho tinto. Todo restaurante que ele vai e que consta ossobuco no cardápio, é isso que ele pede. Profundo conhecedor da iguaria…

 Havia várias outras opções no cardápio que me apeteceram. Isso sem contar o strudel de figo, que resisti, mas voltarei lá um dia só para comer isso. Reparem que sou daquelas que no almoço já está pensando no que vai jantar. 

Ambos os pratos estavam deliciosos, além de realmente generosos e olha que não costumo comer como uma menina, que sou. Disputo pau a pau com qualquer grandalhão. O bom atendimento é de um restaurante que mantém o dono sempre por perto. 

E ele estava lá o tempo todo, circulando entre as mesas. Informação importante: o dono não é o Bartô. Esse é o nome do galo, que foi pra panela, do antigo dono. Mas isso é assunto para outra história. Apenas não cheguem lá cumprimentando o senhor de cabelo branco com cara de Bartô, de "Oi, seu Bartô."

Lá também não tem música e há poucas mesas, o que torna o lugar bem silencioso. Não lembro ao certo o preço da conta, mas saí de lá com a nítida sensação de que o crime compensa.




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Jornalista. Ardida. Gosta de livros, música, Mafalda, São Jorge, sorvete, corrida e bicicleta. Canta sozinha na rua e conta helicópteros no céu.

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