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Camiseta inspirada em mim |
Decidi aceitar a sugestão de amigos e, a partir de agora, não
só contarei o que apronto na cozinha como tirarei fotos, que é para ninguém
achar que exagerei. Porque eu não exagero. Pode ser mesmo cruel. No
entanto, as aventuras do passado estão registradas na minha mente, mas sem
fotos. Mas contarei com tamanho detalhe que vocês imaginarão o resultado da
tragédia como se estivessem na mesa da sala,
esperando o almoço ficar pronto e se deparassem com a decepção em forma de gente.
No entanto, antes de começar, quero deixar claro que não sou,
assim, um fiasco total. De vez em quando eu acerto. E, ó, quando acerto, é pra
valer. Mas, prometo, só vou escrever sobre o que não deu certo porque o que
funciona já está cheio de cozinheira que se acha por aí contando a “delícia”
que fez para a família, para os amigos, para os filhos dos amiguinhos e ... Ah,
vocês sabem bem do que estou falando e com certeza já trombaram uma ou milhões
dessas mundo online afora. Tá, confesso, eu gosto delas porque não sei fazer nada
sem uma receitinha bem explicada, nos mínimos detalhes.
Sim, eu já queimei arroz de saquinho. Sim, eu já fiz um
cookie virar farofa. Sim, eu já quase botei fogo na casa. E não foi uma vez só
não. Sim, eu já coloquei o tomate primeiro na panela e com pele e com sementes.
Sim, eu queimo torrada. Na verdade, acho que o índice de sucesso das minhas
torradas feitas com pão velho é de uma vez para cada dez tentativas. Ah, também
já embatumei um monte de bolo, já esqueci de colocar fermento em tortas, já fiz
grão de bico fora da panela de pressão, já fiz coisas na panela de pressão que
não precisavam dessa assina e, pasmem, já deixei coisas no forno por horas sem
nunca ter acendido o bendito.
Antes que me perguntem: sim, meu marido é feliz comigo mesmo
assim. Acreditem. E, se eu convidar vocês para almoçar em casa, por favor,
apareçam.