Por quem os sinos dobram

Ler um livro do Hemingway costuma nunca ser perda de tempo e, por isso, decidi comprar Por quem os sinos dobram para ler durante as férias. Além de ser um clássico ignorado por mim até então, estava em promoção na Saraiva por R$ 29,90. Na fila para pagar, um homem de uns 40 anos começou a puxar papo sobre o autor e sobre o livro. "O livro é para você?" "Sim", respondi. "Já leu?" Achei que a resposta fosse óbvia. Afinal, por que compraria um livro para mim que já tivesse lido? Não respondi... queria encurtar a conversa. Mas o homem contiuou..."Hemingway gostava de caçar." "Eu sei", respondi. "Você vai gostar do livro", insistiu o homem desconhecido. Chegou a minha vez. Paguei e fui embora. Mas vamos ao que interessa. Trinta dias de férias se passaram e eu ainda não tinha terminado o tal clássico ganhador do Prêmio Pulitzer. Sinal de que eu não estava empolgada com o dito cujo. Mas como não gosto de interromper leituras pela metade decidi ir até o fim. Mas já desconfiava que podia estar me faltando sensibilidade para tal literatura. Seiscentos e vinte e quatro páginas e não conseguia passar de dez por dia, quando muito. Meu marido me avisou: "Se prepara para o final porque pelo que me lembro não tem final." Batata! Consegui terminar. Não teve final. Não gostei do livro. Não recomendo. Caso eu reencontre o tal homem desconhecido em algum lugar novamente vou orientá-lo a não dar palpites a desconhecidos. Não assisiti o filme, mas talvez esse possa ser um caso raro onde o cinema consegue ser melhor do que a literatura.
De qualquer forma segue a sinopse para quem interessar possa: Esta comovente história (não achei comovente!!!!), cujo pano de fundo é a Guerra Civil Espanhola, narra três dias na vida de um americano que se ligara à causa da legalidade na Espanha. Hemingway conseguiu que seus leitores sentissem que o ocorrido no país ibérico em 1937 era apenas um aspecto da crise do mundo moderno.

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Jornalista. Ardida. Gosta de livros, música, Mafalda, São Jorge, sorvete, corrida e bicicleta. Canta sozinha na rua e conta helicópteros no céu.

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