De carona no guarda-chuva de uma desconhecida

Sem guarda-chuva, não conseguia imaginar como sairia dali. Pegar um táxi? Nem pensar. Sairia R$ 30 pelo menos e de metrô só R$ 2,90. Mas para ir até a estação mais próxima eu ficaria ensopada. Fato. Eu saio com guarda-chuva todos os dias mas, justo ontem, ficou em cima do sofá. É sempre assim.

Esperei, esperei, esperei e a chuva, apesar de ter diminuído, não cessava. Vou encarar, pensei. De onde estou até a Avenida Paulista são só seis quarteirões. E é possível me proteger nas marquises das lojas. Quer uma carona? Me perguntou um senhor que também deixava o mesmo local. Quero, pensei. Mas não devo, disse a minha consciência. Dez segundos depois, respondi: Não. Obrigada. Obrigada, mesmo.

Tirei o óculos de grau para conseguir enxergar melhor e fui ladeira acima. Parada em uma esquina, esperando o semáforo de pedestres abrir, apareceu uma garota com um guarda-chuva preto enorme, daqueles que não deixa molhar o pé na pior das tempestades. A invejei por alguns segundos e acho que dei na cara. Quer uma carona? Ela perguntou. Quero. Respondi na hora. E lá fomos nós até a estação Trianon.

Ela me contou que foi o porteiro do prédio onde ela trabalhava que havia emprestado o guarda-chuva. Uma mão lavando a outra, disse a ela. Na estação, já abrigada da chuva, agradeci e comentei que em uma cidade como São Paulo, às 22h, era bom encontrar pessoas como ela por aí. Ela, então, decidiu me contar uma história:


- Há uns dias eu estava sem nenhum dinheiro e estava com muita fome. Mas não gosto de pedir dinheiro emprestado. Minha amiga percebeu o que estava acontecendo, mas também não podia me ajudar. Decidi ir embora para casa. Quando decidi a escadaria do metrô encontrei R$ 10 todo emboladinho caído no chão. Peguei o dinheiro, comprei um sanduíche, tomei um suco e voltei pra casa. Naquele dia, alguém lavou a minha mão sem saber.

Pão de queijo com massa de batata

A receita não é minha, longe disso. Quem fez foi a Priscila Vanti, que recebeu da irmã a receita inusitada. E, como boa amiga que é, trouxe lá de Pindamonhangaba um saco cheio de pães de queijo com massa de batata para eu experimentar a novidade.

Como ela mesma disse, a consistência fica um pouco diferente da do pão de queijo convencional e a massa de batata deixa o sabor bem marcado, mas ainda assim tem jeitão de pão de queijo. Aprovadíssimo! Só não sei se levo o saco para casa e como tudo sozinha ou compartilho com os colegas de trabalho o presente.

Com vocês, divido a receita.

Quem fizer, me conta depois.

A RECEITA
Ingredientes:

2 xícaras de polvilho doce

1/2 xícara de polvilho azedo

2 xícaras de batatas cozidas e amassadas

sal a gosto

1/2 xícara de água filtrada

1/3 de xícara de óleo

1 colher de sopa de fermento em pó


Coloque a água e óleo para ferver. Misture os polvilhos, o sal e, quando a água estiver fervente, escalde os polvilhos, mexendo rapidamente. Junte a batata amassada e amasse bem até que fique uma massa lisa. Adicione o fermento em pó e misture bem, até incorporar na massa.

Unte suas mãos com um pouquinho de óleo e faça bolinhas do tamanho que desejar. Asse em forno quente, até que fiquem amarelinhos.

Podem ser congelados.

Os primeiros dias do meu voto de pobreza. Ou quase um.

Após anunciar no Facebook que os verbos “gastar” e “comprar” seriam extintos do meu vocabulário e 25 amigos terem curtido o meu status, sinto-me na obrigação de compartilhar aqui como foram os primeiros dias do meu voto de pobreza, que não tem data para chegar ao fim.

Logo no primeiro dia passei em frente a uma das minhas lojas favoritas de calçados, na Avenida Paulista. Em certo dias, quando eu não estava atrasada, descia uma estação antes do metrô só para passar em frente a ela e dar uma olhadinha básica. Os sapatos são os mais lindos e confortáveis do universo e custam uma fortuna. Fortuna que eu costumava pagar porque com esse pé chato que não pedi a Deus só eles me faziam felizes durante as longas caminhadas que preciso enfrentar em minhas locomoções diárias.

Voltando ao assunto da loja. Passei em frente e vi aquela linda faixa com os dizeres “Promoção”, “Até 50% de desconto” e por aí vai. Resolvi entrar só para saber quanto estava valendo o sapato dos meus sonhos. “Se quiser é só falar que pego o seu número”, disse o rápido vendedor. “Não, obrigada. Só estou olhando”, respondi eu com uma lágrima escorrendo. Mentira. Exagero meu. Mas o sapato estava com um puta de um desconto e em outros tempos teria logo comprado dois pares. Seriam dois pelo preço de um. Fui embora, mas não, livre, leve e solta como alguns diriam que eu me sentiria ao recusar uma compra.

No segundo dia, após o anúncio para o mundo da minha nova fase de vida, um amigo do trabalho pede para irmos almoçar no shopping, pois ele queria aproveitar para comprar um presente para um amigo. Shopping... ia recusar, mas não posso me tornar uma pessoa esquisita. Mais esquisita né? Topei.

Aquele lindo do Shopping Pátio Paulista com todas as lojas que adoro: Side Walk, Siberian, Uncle K, Rovelon. Tudo em promoção, tu-do. Passei reto por todos os corredores. Não olhei nenhuma vitrine. Entramos na Saraiva. É impressionante. Quando você sabe que não pode gastar, as coisas não te chamam mais tanta atenção. Começou a me dar preguiça de ver os livros e os CD´s. Não ia rolar comprar nada mesmo. Fiquei só pensando quanto tempo isso vai durar. Até quando meu cartão de crédito terá uma fatura magrinha? Vou conseguir?

Não, eu não gosto de Miles Davis. E daí?

Há tempos tenho recebido críticas veladas e explícitas sobre meu gosto musical. Na verdade, os comentários incrédulos aparecem quando sou sincera e confesso que alguns cantores, bandas ou músicas não satisfazem meus ouvidos e nem a minha alma, mesmo o meu cérebro teimando de que eu deveria, sim, apreciar tais canções. Feições de espanto se formam quando eu digo, com convicção, que não gosto do Miles Davis. Se você nunca me ouviu dizendo isso, gostaria de ver agora a sua cara de espanto ao ler a minha confissão. Não gosto mesmo, e daí?

Entendo e compreendo toda a sua contribuição ao jazz. Sei também que se trata de um dos mais influentes músicos do século XX. E não penso em nenhum momento em renegar tais méritos. Mas ouvir Miles Davis me incomoda, me tira do eixo e me faz ter vontade de desligar o aparelho de som. Demorou anos até eu ter coragem de afirmar a minha posição. Em todas as rodas (pelo menos as frequentadas por mim) não há um só ser que concorde comigo. Até que um dia resolvi soltar: "Eu não gosto de Miles Davis."

A mesa do bar ficou em silêncio por alguns segundos, até todos digerirem a informação ali emitida. Todos - a maioria que compunha a mesa era do sexo masculino - se entreolharam. E, então, começaram as críticas. Contra mim, claro, e não contra o Miles, óbvio. Decidi que, então, todas as vezes que ele fosse citado em uma conversa, eu iria me manifestar. E assim é. Mesmo quando opto por ficar em silêncio, meu marido faz questão de falar: "A Fernanda não gosta de Miles." Pronto. Lá estou de novo sendo bombardeada por incrédulos.

Já falaram até que eu não era madura musicalmente o suficiente para gostar do Miles. Mas na minha casa tem praticamente todos os discos dele, de vinil a CD. Claro que não são meus. São do meu marido. Eu até o presenteio com discos raros. Só peço que evite ouvir enquanto estamos juntos. Portanto, já ouvi Miles o suficiente para saber que não gosto.

Se você acha que tenho predileções por axé, pagode ou sertanejo, engana-se. Gosto de tudo o que é bom. Do meu modesto ponto de vista. Stevie Wonder faz o meu coração palpitar. Danço ouvindo Marvin Gaye sozinha na sala. Leio tudo sobre Tim Maia. Fico ensandecida com John Coltrane. Canto alto Supertramp. Choro ouvindo Elis Regina. Fiz de tudo para ir ao show do Paul Mccartney. Vou ao do Eric Clapton. Leio ao som de música clássica e viajo quando toca um tango argentino. Mas não me venha com um disco do Miles Davis, por favor!

A última vez que feições de espanto se formaram foi há algumas semanas, quando em uma festa começou a rolar Have you ever seen the rain. Todo o bar veio abaixo, mas eu permaneci sentada e sem cantar. Mesmo sem ninguém perguntar, falei para a amiga que estava mais próxima de mim: Não gosto dessa música. A pessoa que sentava do outro lado, meu marido, ouviu e emendou: Ela também não gosta de Miles Davis. Pronto. Começou tudo de novo.

A descoberta do bolo de maçã sem farinha!

Dia desses uma amiga postou no Facebook um link para uma receita de bolo de maçã sem farinha. Sou fã dessa fruta e de receitas saudáveis, desde que elas sejam práticas e rápidas. Empolguei e decidi tentar, mesmo não nutrindo muita simpatia pela cozinha. O resultado, modéstia à parte, foi um sucesso. E, para completar, reutilizei as cascas da maçã, que não faziam parte da a receita, e fiz um chá natural.

Ingredientes:

- 4 maçãs sem casca

- 3 ovos

- 1 banana

- 2 xícaras de aveia em flocos

- duas colheres de uva passa

- duas colheres de nozes (esse ingrediente não estava na receita original. Vale tentar também castanha do Pará picada ou amêndoas em fatias, que já vende pronta no Pão de Açúcar)

- 1 colher de sopa de fermento

- Se gostar, canela para polvilhar depois de pronto

* Bata no liquidificador as maçãs, a banana e os ovos. Depois misture os demais ingredientes em uma tigela. Mexa bem. Coloque tudo na assadeira antiaderente (se não tiver antiaderente, sem problemas, mas aí precisa untar). Deixe assar em fogo médio por cerca de 45 minutos. Está pronto.

Só uma observação: o bolo não vai açúcar e, portanto, não é muito doce. Na minha opinião, a uva passa deixa um gostinho doce bacana, mas se preferir utilize açúcar mascavo ou adoçante de forno.


COM AS CASCAS

- Ferva-as em um litro de água. Coloque canela, cravo e adoce, conforme o gosto de cada um.

Coisas que só acontecem comigo (Diálogos numa farmácia)

Meu dedo do pé direito ficou do tamanho de um pão. Tipo Seven Boys. Com um certo exagero da minha parte, claro. Mas estava roxo e inchado. Isso é fato. No dia seguinte, enquanto fazia compras no Carrefour, de Havaianas, decidi dar uma chegada na farmácia do supermercado e perguntar para a atendente, que eu julgava ser farmacêutica, qual a avaliação dela sobre o meu dedo.


Eis que mostro meu dedo a ela. E ela, ao invés de me ajudar, decidiu mostrar a própria canela, que também estava roxa. Mas antes disso pediu que eu perdoasse a sua canela sem depilação. Ou seja, ela estava com a perna peluda. Olhei para o lado. Me recusava a ver aquilo num domingo de manhã. Já basta a minha canela.

- E o meu dedo?, perguntei rapidamente

- Parece torto, disse ela.

- E o que faço?

- Menina, deve estar doendo. Imagina a hora que você for dormir, a dor que não vai sentir. Você é casada?

Entrei em pânico. Não pela dor que ela previa porque eu já tinha dormido e a atendente não sabia, mas pela situação bizarra que eu me encontrava com aquela ser.

- Olha, se eu fosse você tirava uma chapa desse dedo porque se não ele pode ficar torto. O problema é que se tiver luxado ou quebrado não dá para por tala. Vai ter que engessar o pé todo. Aí já viu né?

- Tá bom, moça. Enquanto isso, me indica um remédio para aliviar a minha dor.

- Você costuma ter dor de estômago?

- Que?

- Porque se tiver dor vou te indicar um remédio que não ataca o estômago.

- Ta, ta bom. Eu tenho dor de estômago.

- Toma esse remédio, então.

- Ok, moça. Obrigada

Quando eu já estava na porta ouço-a me chamando de volta

- Ah, só pra te alertar que certeza que a sua unha vai cair! Pode esperar!

Há coisas que só São Paulo pode fazer por você

De emprego novo, saí esta semana na hora do almoço para fazer um reconhecimento do local em busca de um tipo de estabelecimento que aprecio muito, os restaurantes. Já tinha seguido uma indicação ou outra, mas decidi sair meio que sem rumo. Na calçada, virei à esquerda, à esquerda de novo e depois de três quarteirões achei a meca dos restaurantes. Um pouco perdida, decidi começar pelo primeiro do lado direito. Combinei comigo mesma que seria um diferente por dia até conhecer todos daquela rua. Desde que, óbvio, ele não tivesse jeitão de custar horrores.

Paulista Natural. Esse é o nome do primeiro restaurante. R$ 19. À la vonté. Inclusive com direito a sucos e vários tipos de sobremesas, inclusive mousses e doces lights. Estava no meu segundo prato (o primeiro foi de saladas) quando um senhor sentou na mesa à minha frente, voltado para mim. Eu já tinha o observado porque ele me lembrou o Itamar Franco e ele também guardou a gravata dentro da camisa para não sujar na sopa. Eu nunca tinha visto aquilo.

De repetente percebo que ele tenta se comunicar comigo. Ele apontava para mim e falava alguma coisa que não entendia. “Quê?” perguntei três vezes. Mas continuava a não entender nada. Dei um sorriso sem graça e continuei a almoçar. Quando terminei o segundo prato e ia para a sobremesa, não me contive e fui até a mesa do sósia do Itamar perguntar o que ele tinha falado.

- Falei que, apesar de eu ter três filhos canhotos, não é comum ver muitos canhotos por aí. E você é canhota, disse o Itamar.

- Mas eu não sou canhota não. Na verdade sou canhota só para comer. Deve ser porque minha falta de coordenação é tanta com a mão esquerda que não consigo movimentar a faca.

- Eu consigo fazer tudo com as duas e, por isso, sou até um pouco estabanado. Esbarro em tudo.

- Sabe que o senhor reparou numa coisa que o meu pai só observou na semana passada? Durante o almoço de Páscoa ele me perguntou que história era aquela de eu ter virado canhota. Dei a ele a mesma explicação que estou dando para o senhor.

- Muito interessante a sua história.

Mais um sorriso e fui para a minha sobremesa. Mousse de coco light. Estava bom. Mousse de maracujá light (estava bem ruim). Uma rodela de laranja e carambolas. Não posso freqüentar sistemas de “coma até morrer.”

Saindo do restaurante decidi fazer um caminho diferente para conhecer mais lugares. Quando estou a dois quarteirões da empresa, um repórter de televisão me para. Digo a ele que sou jornalista e que não teria a menor graça para ele me entrevistar. Tentava despistá-lo porque tenho pavor, pa-vor, de câmeras.

Quando dei por mim, o sujeito já estava me entrevistando sobre a criação da secretaria para o micro-empreendedor. E, pela primeira vez, dei uma entrevista para a televisão. Eu, que sempre só entrevistei. Decidi que estava mais do que na hora de voltar para o expediente sem alterar o rumo dantes traçado.

Sobre lealdade

Há tempos que tenho pensado sobre lealdade. As pessoas cobram lealdade, fidelidade e amizade a torto e a direito. E como cobram. Mas nem a lealdade e nem a fidelidade e a amizade são passíveis de cobrança. Para começar, a meu ver, principalmente a lealdade, é uma questão de princípios e de caráter. Ou a pessoa tem ou vive sem. A amizade vem junto. Não há nada mais prazeroso do que ter bons amigos. E não há nada que doa mais do que ser traído por um amigo. É como ser retalhado a punhaladas por um irmão. A gente sonha com isso. Acorda pensando no assunto e costuma se perguntar por qual motivo nunca desconfiamos de tal falta de caráter. É difícil perdoar. Mas o mais difícil é quando o pedido de perdão nunca chega.

Alguns traem por covardia, outros por caráter, outros por princípios, outros por egoísmo e outros por um pouco de cada. E na maioria dos casos a traição só vem à tona porque um outro ser resolve te contar toda a verdade. Mas também dá para sacar qual é a do seu "amigo", em alguns casos. O que quero dizer aqui é que lealdade é uma via de mão dupla. Não se pode cobrar aquilo que não se oferece. E lealdade também é dizer ao seu amigo que ele errou, mas que é possível consertar. Lealdade é proteger o seu amigo do sofrimento até o último suspiro.

Lealdade é não esperar ele dar as costas para falar umas boas verdades sobre ele. Lealdade é virar o mundo para tentar encontrar um caminho para o seu amigo seguir. Lealdade é não dissimular, é não fingir sentimentos que não existem, é não fazer o seu amigo acreditar que você realmente gosta dele, quando no fundo, não se importa tanto assim. Lealdade é ser honesto com os outros, mas antes de tudo, ser honesto consigo mesmo. Porque o seu telhado também pode ser de vidro e um dia, isso não é praga, mas uma constatação, tudo o que você fez para tentar se dar bem, vai te atingir como um raio. E somente você será capaz de entender os motivos de estar passando por tudo isso.

Os sentidos de Don Corleone

Hoje (05/04/2011), depois de eu entrevistar umas dez pessoas para uma matéria sobre comportamento infantil, escrever um texto para o UOL e enviar uns quinze emails em busca de fontes para uma reportagem sobre tecnologias no esporte, Tatiana Fávaro me chama no messenger e pergunta se "estou ocupada ou coçando." Como estava nem uma coisa e nem outra, respondi "meio a meio." Veio então o pedido: preciso de um artigo sobre cinema para o Guia Vamos Lá, de Jundiaí. Minhas primeiras perguntas foram "Quantos toques?" "Qual o deadline?" AGORA é o deadline. Ok, respondi e comecei a escrever imediatamente. Sei bem o que é ter um espaço em branco numa publicação.

Foi isso o que saiu nos próximos 15 minutos após a nossa conversa, via messenger

Os sentidos de Don Corleone


Escrever sobre cinema pode parecer fácil para alguns, mas para mim é um tema dolorido. Dói porque cinema para mim é Francis Ford Coppola, é Marlon Brando, é Al Pacino.  Um pouco radical, sei bem. Assisto de dois a três filmes por semana, em casa ou no cinema. Assisto de quase tudo, menos comédias românticas. Desculpem, mas isso não é para mim. Podem me chamar de mal-humorada, mal-amada, ou o que for, mas sempre acho que estou perdendo tempo quando vejo na tela Jennifer Aniston em mais um papel igual.
Mas, não estou aqui hoje, nesta coluna, para escrever sobre a chatice que considero as comédias românticas.
Estou aqui para que saibam que por mais que assista de tudo, nunca nada para mim se compara a primeira vez que vi Marlon Brando no papel de Don Corleone, com aquele queixo para frente e aquela postura de impávido colosso capaz de fazer tremer qualquer mafioso ao seu redor, em O Poderoso Chefão.

Don Corleone já era o meu personagem preferido antes mesmo do filme. Ao terminar de ler a última página de O Poderoso Chefão, o livro, de Mario Puzo, tive a nítida sensação que nunca ia encontrar nada igual pelo meu caminho. Nunca encontrei. Findado o livro, fui direto comprar a trilogia do Coppola. Tinha certeza que ia querer ter o Don Corleone na minha casa, guardado a sete chaves. Assisti tudo de uma vez a boa adaptação do livro de Puzo. E outras vezes mais e mais e mais. Sem cessar.  Madrugadas afora.

Coppola não era a primeira opção para dirigir o filme. Antes dele tinha Sergio Leone e Costa-Gravas na disputa. Coppola também não estava muito animado com o roteiro, pois tinha medo de glorificar a atuação da máfia e manchar a honra de seus antepassados sicilianos.  Brando tinha sido proibido pela Paramount de ser escalado, pois havia causado alguns transtornos no passado. Coppola, como se soubesse o que viria por aí, conseguiu convencer os executivos.  E Brando venceu o Oscar de melhor ator.

O Poderoso Chefão é o clássico primordial, fundamental e necessário, goste você ou não de cinema, de filmes de máfia ou do Don Corleone. Nada parecido foi criado depois. Nenhum outro filme de máfia foi capaz de reproduzir tamanha sensação de estupor na mente dos meros mortais. É por isso que dói. Dói porque estou sempre à espera de algo que me faça perder os sentidos como só Don Corleone consegue. 

Eis aqui o primeiro texto que publiquei na vida

Fuçando na minha caixa de entrada do email para tentar apagar alguma coisa, descobri um email que mandei para Mario Evangelista, meu primeiro editor-chefe, no Jornal de Piracicaba, pedindo emprego. Como ainda não tinha trabalhado em lugar nenhum e meu currículo cabia num post-it, enviei em anexo um artigo que eu tinha escrito e que havia sido publicado no Jornal da Cidade, em Bauru, em 2003, quando eu ainda assinava com "Almeida" e minha mãe achava o máximo. Segue:


O mercado das cotas


Maria Fernanda de Almeida Ribeiro

Com a reserva de vagas nas universidades públicas para negros, pardos, índios e pobres o Brasil cria o profissional das cotas.

A idéia que permeia todos os setores sociais do país de vincular emprego à educação, que se estabelece como uma ligação de causa e efeito, não considera inúmeros elementos políticos e econômicos que influem nessa relação. Não se trata de negar os benefícios que a educação traz, muito menos negar que a relação escolaridade e emprego não existe e que é fundamental para a inserção no mercado de trabalho, mas somente facilitar o ingresso de determinadas classes nas universidades está longe de ser suficiente. Pois elevar o número de universitários no país não levará a criação de empregos, o que depende de uma sociedade mais igualitária e de uma política econômica e cultural voltada ao bem estar coletivo.

As estatísticas comprovam o grande número de profissionais diplomados que estão desempregados e que, muitas vezes, se sujeitam a empregos fora de sua área de atuação, ou sub-empregos para poderem ganhar algum dinheiro.

É preciso ressaltar estudos de sociólogos que atuam no ramo das ocupações e das profissões que acreditam que a identidade profissional adquirida ao longo de anos de estudo é interrompida ao entrar no mercado de trabalho, pois é mais válido seguir ordens da administração. É ela, desde a Revolução Industrial que determina qual é o trabalho a ser feito, como ele será realizado e por quem; fragmentando, mecanizando e racionalizando as tarefas em busca de melhor eficiência e resultados financeiros. Acumular funções significa ser competente e este “modelo de competência” imposto pelas empresas causa a desvalorização do diploma.

Afinal, para ingressar no mercado de trabalho é necessário muito mais que isso. Fluência em línguas, cursos no exterior, dinâmica, bom para trabalhar em grupo, conhecimentos técnicos e especialização são apenas alguns dos muitos pré-requisitos para conseguir um emprego, o que não significa que será na sua área de formação, por isso, a perda da identidade profissional.

O sistema de cotas para as universidades é uma solução em curto prazo, sem pensar nas conseqüências futuras, pois aqueles aprovados por esse sistema não entrarão no mercado por mérito e sim devido a grande desigualdade social existente no país que não desaparecerá através das cotas. Afinal, potencial, habilidade e competência são independentes do fator raça/cor. Sem citar que anos de estudos precários não serão curados através de quatro anos de estudo superior.

Transformar o ensino médio e fundamental das escolas públicas e acabar com a deficiente educação brasileira seria tarefa demais árdua para um só governo, além de exigir o desprendimento de muito dinheiro e tempo para a cansativa questão burocrática.

A educação é direito de todos e isso não deve ser discutido, e pagar a exorbitante mensalidade de uma universidade particular exige muitos recursos.

Mas apenas facilitar o ingresso nas universidades é tampar o sol com a peneira e ser um profissional que se formou através do sistema de cotas pode ser ainda mais um empecilho para o ingresso no mercado de trabalho. As empresas, provavelmente, vão querer saber se você é um profissional das cotas. Talvez seja preciso criar também cotas para exercer a profissão.

Sem falar que o preconceito histórico do nosso país continuará a existir, o ensino público deficiente continuará a existir (para que reformulá-lo se ele não é mais necessário para o ingresso no ensino superior?), os inúmeros analfabetos continuarão a existir e existirão também as famílias bem providas que colocarão seus filhos nas escolas públicas apenas para facilitar o ingresso e garantir-lhes o futuro sem desembolsar dinheiro para isso.

A gordura fora do lugar e os tentadores emagrecedores. É o fim da pança?

Como esse blog vira e mexe aborda a gastronomia, vou escrever aqui novamente sobre a consequência do ato de comer: a pança. Entenda-se por pança toda e qualquer gordura indesejada localizada em diferentes partes do corpo onde ela não deveria estar ou, sequer, existir. E eu como nunca usei uma roupa tamanho "P" na vida, nem mesmo quando nasci, sou a encanação em pessoa quando o assunto é gordura em partes do corpo onde ela não deveria existir. Por isso, e só por isso, sempre fui obrigada a praticar exercícios físicos. Sem isso, viro a bola, e não mais só a encanação, em pessoa. Afora que também vivo de dieta desde que nasci: pão só se for sem miolo, leite só se for desnatado e bolacha só se for de água e sal. Dureza!

Bom, desde outubro não pratico exercícios físicos, pois lesionei o menisco e precisei operar. Só um adendo: sou ou era uma corredora amadora e ter lesionado o menisco foi apenas mais um fator para eu repensar sobre a prática de exercícios. Se eu fosse sedentária isso teria acontecido? Talvez estivesse em formato que não fosse o de gente, mas meu joelho estaria inteiro. Vamos em frente.

Sem poder praticar exercícios físicos e sendo uma comedora contumaz de tudo que não seja fígado, dobradinha, língua e ossobuco, estou em constante estado de nóia e vejo gorduras sobrando no meu corpo até no dedinho do pé. Não, não subi na balança para ver se é alucinação ou fato porque não sou louca. É fato. Então, nesse constante estado de paranoia, tenho lido tudo sobre como emagrecer sem precisar se mexer. Já descobri de tudo, mas os remédinhos que mais me chamam a atenção, sempre, são os chamados naturais. Tem pholia magra, pholia negra, Koubo, remédio que índio tomava, chá que esquimó bebia, cápsula que auxilia no combate à celulite, erva que reduz medidas abdominais (essa é a que mais gosto!) e raiz usada na Grécia Antiga. Ainda não caí em tentação, mas que a vontade bate a cada refeição, ah bate.

Eis que surge no meu email o sonho dos gordos e das paranóicas de plantão: Kit de Emagrecimento Natural: PholiaNegra, Faseolamina e PholiaMagra de brinde. Apenas R$74,90 com frete grátis pra todo Brasil. 50% de desconto. Benditos sites de compras coletivas. Só seriam cem kites disponíveis, mas a procura foi tanto que ampliaram para 300. Minha mente não conseguiu focar em outro assunto o dia todo, a não ser no kit. Compro ou não compro? O preço é bom e vai que ... né? Só fiquei na dúvida de o que fazer com três tubos de comprimidos emagrecedores. Toma um de cada um a cada refeição? Ou acaba um tipo e começa o outro? Procuro um médico para saber como tomar? Se eu tomar, conto para alguém ou tomo escondida? Será que isso funciona mesmo? Uma coisa é certa: 300 pessoas compraram o produto no prazo de um dia e, eu, de tanto pensar, fiquei sem, mesmo que quisesse.

Porque não dividir a máquina de café

Quando escrevi aqui um post usando a máquina de café para ilustrar a minha indignação (http://nossocortico.blogspot.com/2010/06/sem-maquina-de-cafe-e-tudo-culpa-da.html), alguns colegas vieram me dar os parabéns, mas não tiveram coragem de manifestar a sua opinião entre os comentários do blog. Vai que o chefe lê, né? Não sei bem os motivos, mas nunca me preocupei muito com isso.

De novo a máquina de café será o meu ponto de partida, mas não para mostrar indignação, mas sim para mostrar os problemas que ela pode causar quando é compartilhada por jornalistas e publicitários. Publicitários, não, contatos comerciais, que eu nunca consegui descobrir no que eles são formados. Só sei que os bons de verdade ganham mais do que qualquer jornalista. E, talvez por isso, eles tentam vender um anúncio em forma de matéria e depois empurram a venda goela abaixo da redação. Eles sabem que são nossos provedores. O que eles não sabem é que jornalista prefere ser pobre a sucumbir aos interesses comerciais.

Mas, não estou aqui para falar mal dos tais contatos. Afinal, eles sustentam o jornal, não é mesmo? Quem nunca ouviu isso que atire a primeira pedra. Voltemos ao cafezinho, que vai servir para falar mal do sistema. Sistema que leva o nome de jornal. Jornalista que frequentou a aula de ética na faculdade já ouviu aquela historinha que comercial e redação deveriam estar em prédios separados. Se não for possível, o ideal é que funcionários de ambos os lados não se trombem, para evitar que não se trombem, de verdade. No Times, por exemplo, o fechamento da redação acontece um dia depois do comercial. Isso impede que aquele anunciante de um rodapé de página ligue ao diretor comercial e o ameace com o cancelamento do grandioso anúncio. Sabemos bem que o departamento comercial costuma ceder, mesmo que o rodapé não pague nem mesmo o salário do motorista. Benditos motoristas. Malditos anunciantes.

E o café? Bem, o café é o motivo que os fumantes e não fumantes têm para dar aquela relaxada no meio do expediente. E quanto o expediente é formado por jornalistas e publicitários, ops!, contatos comerciais, é bem óbvio que essas pessoas que brincam de cabo de guerra todos os dias vão se trombar. Poderia ser harmonioso, mas não é. Não é porque o contato olha para a sua cara e lembra de te sugerir uma pauta. É incrível como vendedores se acham bons pauteiros. É a loja nova que abriu no shopping ou a concessionária de carros importados que “tá anunciando com a gente.” Pedem página, pedem caderno, pedem nota.  É também no cafezinho que o vendedor de anúncio sem querer lembra que encontrou com um anunciante fodão dia desses e ele disse que o jornal precisa de páginas mais voltadas aos empresários. Hummm!

Certa vez um vendedor de anúncio encontrou um repórter no café e disse que o entrevistado dela, que também era um anunciante, estava bem bravo e não iria anunciar mais com a “gente” porque a repórter tinha errado o nome dele na matéria. Ao encontrar o entrevistado-anunciante a jornalista foi se desculpar e, pasmem, ele não tinha reclamado de nada. Culpa do café compartilhado. Se cada um tivesse no seu quadrado, conversas babacas como essas seriam evitadas. Talvez o cara não se prestasse ao papel de fazer uma ligação. Isso sem contar que há jornais, onde eu trabalhava era um deles, que o diretor superintendente é também o diretor comercial e ocupa uma sala de vidro onde ele sabe timtim por timntim o que cada um está fazendo. Alguém adivinha onde isso vai parar? Mas isso é assunto para outro post.

A dor dos 30!

Há uns 15 dias recebi de uma amiga querida um questionário sobre as agruras dos 30 anos. Ela queria saber como as amigas dela estavam se sentindo. Não sei se tal tensão pré-três-décadas é real ou se de tanto falar no assunto todos são obrigados a sentir certa amargura dias, semanas e até meses antes da data fatal. Confesso que meus pensamentos se afundaram nesse tema uns seis meses antes do meu aniversário de 30 anos: 25 de dezembro de 2010. E os principais questionamentos sempre foram os profissionais e possíveis vontades e desejos ainda não contemplados, como passar um tempo em New York para falar inglês como ninguém.

Dúvidas sobre relacionamentos passaram longe dos meus pensamentos. Com isso, não perco tempo. Deve ser porque acho bem mais simples de resolver, caso apareça algum problema. Profissão, não. Ou vai ou racha. Uma vez que saiu da casa dos pais, a volta pode ser dolorida. Pedir dinheiro, nem pensar. Ainda é preciso pensar no apartamento que você deve ou quer comprar, no carro que quer trocar, na viagem que deseja fazer, no pano de sofá que necessita ser reformado para combinar mais com a sua sala. Tem também que, aos 30, é necessário ao menos começar a pensar se você quer ou não ser mãe. Se quiser, meu bem, é bom começar a agilizar e confesso que eu ainda não estou preparada para pensar nisso. Semana passada, ao renovar minha Unimed veio a pergunta: "Com ou sem obstetrícia, senhora?" Carajo, man! "Com!", respondi.

Compartilho aqui com vocês, as respostas do questionário enviado pela minha amiga, que pelo o que percebi ainda não se convenceu que, se quiser, pode fingir que tem 29 anos por mais um bom tempo. E daí?

- fazer 30 anos, ou quase, de alguma forma pertuba ou pertubou você? Explique

R: Comecei a ficar perturbada em julho, exatamente seis meses antes de fazer 30. Na verdade, o que eu mais pensava era na minha vida profissional e que a partir daquele momento precisava decidir o que realmente queria pra mim. E o pior disso tudo: eu não sabia o que queria pra mim.

- quantas vezes por semana você chora?
R. Nenhuma, por isso. Só penso muito sobre o assunto. Choro por outras coisas, mas sempre fui chorona, desde criança. Meu pai, às vezes, até se recusava a conversar comigo, pois dizia que eu só sabia fazer chorar

- qual o motivo que mais faz você chorar?

R. filmes, saudade e irritação, como brigar com o cara da Net no telefone e descobrir que ele não vai resolver meu problema. Sempre choro com essas pessoas ao telefone.

- qual diferença física você percebe que há entre hoje e há cinco anos?

R. Todas, principalmente na feição. Ainda aos 29 me olhava no espelho e sentia que algo diferente tinha acontecido. Nada de rugas, não é isso. Algo diferente estava acontecendo e eu conseguia perceber ao me reparar. Cheguei a comentar isso com um amigo e toda vez que ele me encontrava, perguntava: "Já fez as pazes com o espelho?"

- Hoje, qual seu maior medo?

R. Frustração


- Para onde você gostaria de ir neste momento?

R. Se tivesse coragem de largar tudo, iria morar um ano em New York para melhorar o meu inglês. Se tivesse dinheiro, também iria me dedicar mais aos estudos. Como hoje trabalho, e gosto de trabalhar, fica complicado conseguir fazer um mestrado, por exemplo, pois nem sempre os jornais, revistas ou seja lá o que for, dispensam um funcionário para isso. Isso me frustra um pouco, pois realmente gostaria de ser professora, um dia.


- o que você mais deseja pra você hoje?

R. Felicidade, sempre. Saber me adaptar ao que a vida me oferecer. Paciência e perserverança. Amor. E conhecimento, muito conhecimento. Dos livros, dos discos, dos amigos, da família, da vida.

- você está satisfeita com sua vida profissional?

R. No momento, ainda não. Ser demitida dez dias antes de completar 30 anos deu um nó na minha cabeça. Mas, se não fosse isso - hoje eu penso - teria feito 30 trabalhando no mesmo lugar, sem coragem de pedir demissão, morando numa cidade que eu não gostava e sem nenhuma perspectiva de crescimento. Tive a oportunidade de mudar radicalmente aos 30. Ainda não descobri se isso é bom e o futuro as vezes me preocupa, mas pelo menos saí da minha zona de conforto e posso, enfim, decidir o que quero pra mim! E, neste momento, estou totalmente focada em novas perspectivas e traçando, de forma definitiva, o meu futuro. Isso foi um verdadeiro divisor de águas na minha vida, bem parecido como quando fiquei só com a roupa do corpo após meu carro ter sido roubado com toda a minha casa dentro. Esse fato mudou meu jeito de se vestir e de pensar sobre as coisas materiais. O segundo divisor, a demissão, me fez enxergar os fatos com outros olhos e, pasme, estou muito mais feliz. Como disse Paula, uma amiga, a mudança dói e às vezes sufoca, mas só quem já passou por uma sabe a alegria que é.

Agora deixo um espaço para vocês ficarem a vontade para escreverem algo relacionado à crise dos 30. O que está bom e o que está ruim.

Está ruim que eu queria estar mais magra, mas descubro que isso está cada vez mais difícil

É ruim chegar na Unimed e descobrir que ela ficou mais cara porque você fez 30 e a tendência agora é ficar mais cara a cada cinco anos

É ruim saber que aos 30 você deve começar a pensar que se quiser ser mãe, é bom começar a agilizar. E eu, sinceramente, não queria ter que pensar nisso

É ruim saber que você chegou nos 30 e ainda tem tantos sonhos e vontades e que, talvez, eles não se realizem

É bom chegar aos 30 e ter tantos amigos por perto

É bom ter 30 e ser madrinha de duas crianças lindas e tia de mais duas.

É bom ter 30 e poder trombar com uma pessoa de 23 e dizer: eu tenho sete anos a mais que você. Sou mais experiente

É bom ter 30 e já ter morado em cinco cidades diferentes e ter trabalhado em outros cinco

É bom ter 30 e ter meus pais vivos e um irmão que mora no Rio de Janeiro para eu poder passear à vontade

É ruim ter 30 e ter de começar a usar creme antirrugas e sua dermatologista te dizer que é bom começar a pensar em botox

É ruim ter 30 e não saber quando vou conhecer a Índia

É ruim ter 30 e descobrir que suas dores no joelho vão piorar a partir de agora por causa da idade

Foi bom ter 30 e ter parado de fumar. Disseram que até os 30 o pulmão volta ao normal

É bom ter 30 e morar em Campinas, cidade que amo

É bom ter 30 e ter recebido a oportunidade de mudar radicalmente o seu jeito de vida, da noite para o dia.

É ruim ter 30 e não saber o que vai ser e onde vai estar aos 40!

Quem sou eu

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Jornalista. Ardida. Gosta de livros, música, Mafalda, São Jorge, sorvete, corrida e bicicleta. Canta sozinha na rua e conta helicópteros no céu.

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