O Rio de Janeiro de bicicleta é imperdível

A repórter da Gazeta Gabriela Yamada vai para o Rio de Janeiro no final de novembro. Aproveito a oportunidade para dar uma dica, que na minha opinião é imperdível. A Prefeitura do Rio tem o sistema de aluguel de bicicletas. Por R$ 10 você pega uma bike em algum dos 20 pontos espalhados pelos mais belos lugares da cidade. Esse preço lhe dá o direito de ficar com a bicicleta 24 horas.

Sou uma frequentadora assídua do Rio de Janeiro e nunca tinha saído por aí de bicicleta até o meu irmão, que mora lá, me garantir que isso era uma das melhores coisas a serem feitas por um turista. Estava hospedada em Copacabana e aluguei lá mesmo, num ponto perto do Arpoador. Fui do Leme ao Leblon pela orla e depois fui até a Lagoa Rodrigo de Freitas e pedalei por todo o entorno. Depois voltei para Copacabana e devolvi a bicicleta no mesmo ponto, mas você pode devolver em qualquer um dos pontos da cidade. A cidade é munida de ciclovia e os carros costumam respeitar os ciclistas.

O sistema de aluguel é simples e eficiente. Vá para um dos pontos munido de um celular (com crédito) e um cartão de crédito. Toda a transação será feita pelo celular. Não há funcionários no local para te ajudar, mas basta ler as instruções com cuidado que vai dar certo. Se eu consegui, todo mundo consegue. A bicicleta também é bacana: estilo conforto, tem cestinha, pezinho (necessário quando você decide parar para tomar uma água de coco), buzina (acredite, você vai precisar) e algumas marchas (não 21, mas o necessário) e são bem conservadas.

O meu irmão tinha razão: depois de tantas idas ao Rio descobri que pedalar pela cidade traz uma sensação inexplicável de prazer e não vejo a hora de voltar para lá para fazer isso de novo e por mais tempo.


P.S: Aproveite que você está no Rio, vá até o Mercado Humaitá, em Botafogo, e almoce ou jante no Rota 66, um restaurante especializado em comida mexicana e texana. Já que está lá, peça uma cerveja Helada (mitchelada) com um combo tex-mex e coma até passar mal. É de chorar!

Rabada será substituída por feijoada no Engenho da Cerveja

Como não sou a única deste blog que vive para comer, essa informação é colaboração de um amigo, que junto com outro amigo queria muito comer uma rabada. Lembraram do Engenho da Cerveja, que aos sábados servia a iguaria. No entanto, há algum tempo, o restaurante trocou a rabada pela feijoada. Os dois amigos decidiram ligar no restaurante para saber quando poderiam se esbaldar novamente. E a resposta não foi das mais animadoras para a dupla.

Segue a informação que recebi: segundo uma das proprietárias, a volta do prato no cardápio é desejo da casa, mas a direção ainda vai avaliar custos e refazer alguns cálculos. Quando estiver tudo definido, a data será divulgada em cartazes na frente do estabelecimento e em um "veículo de comunicação de grande circulação". Essa parte é um adendo do meu amigo indignado, que aproveitou o fim da rabada para fazer uma crítica velada a Ribeirão Preto: "O restaurante trocou a rabada pela feijoada no menu durante os meses de inverno com a desculpa de que, no friozinho, a feijoada caía melhor. É que, como sabemos, o inverno em Ribeirão é mesmo muito rigoroso..."

The Fifities delivery

Começou hoje o sistema delivery do The Fifities para toda a cidade de Ribeirão Preto. A taxa de entrega é de R$ 6 e funciona das 11h30 às 22h30, todos os dias. Forma de pagamento: dinheiro e cartões de crédito Visa, Mastercard, Dinners e Credicard, cartões de débito Redeshop (?) e os tíquetes Ticket Restaurante, Vale Refeição, Cheque cardápio, Smart, Sodex. Quero ver quem é que tem coragem de pagar com os créditos do suado VR. Um lanche e mais uma cebola engordurada e todo o seu ticket foi para o saco.

O Fifities promete agilidade com o delivery. Esperamos que não seja a agilidade já comprovada por muitos da unidade do RibeirãoShopping. Quando fui lá, uns dois meses depois de inaugurado, o sistema era lento, os garçons viajavam e se você dá o azar de pegar uma das mesas do canto, meu amigo, pode esquecer porque os funcionários jamais irão saber da sua existência. Nem com muita reza brava.

Caso eles percebam que você está lá, é bem provável que o seu pedido demore muito para chegar e se não vier nada trocado levante as mãos para o céu. Oremos para que o delivery funcione de forma eficiente. Eu acho que não vou testar, mas fica aí a dica.

O mexicano voltou! Viva México!

O Viva México, o único restaurante mexicano dessa bendita cidade vai reabrir as portas. Era a ele que eu me referia em vários outros posts aqui no blog e que lamentei de forma indescritível o seu fechamento.
O Viva México fica no Boulevard, na Marcondes Salgado 1.541. O dono do local, Osmar, se não me engano, contou que o lugar precisou ser fechado por falta de mão de obra decente para preparar todas as delícias mexicanas.

Não sei muito dos detalhes, ainda, porque conversei com ele rapidinho na frente do restaurante mesmo, mas ele já adiantou que vai abrir todos os dias, a partir das 19h e em novembro vai abrir também para o almoço e garantiu que quem já gostava da comida antes vai gostar ainda mais agora. Aceita todos os cartões de débito e o de crédito ele ainda está agilizando.

Se entendi direito, tem um cozinheiro ou algum outro funcionário do Barbacoa trabalhando com ele e todos os demais foram treinados em São Paulo, onde já existe outro Viva México, na Vila Madalena (http://www.vivamexico.com.br/)

Com certeza estarei lá muito em breve para conferir tudo, dos mojitos aos burritos, e conto se continua a valer a pena. Pois é, minhas preces foram atendidas. Viva México.

O Gordão vai voltar

Para quem não sabe onde tomar um Moranja e comer um turbinado ou o lanche de cheddar com molho inglês ou ainda ingerir mil calorias de uma só vez com um milk shake de ovomaltine em plena madrugada após o Gordão, na Nove de Julho, ter abandonado seus clientes na calada da noite, uma boa notícia: parece que ele não fechou para sempre e sim está em "obras para melhor atendê-los."

Não há nada na porta que confirme o que escrevo e muito menos nenhum sinal de que o local está em obras ou será reformado, mas foi o que ouvi de uma atendente de Campínas. Portanto, panças de plantão, animem-se, sua camada de gordura não ficará sem os nutrientes necessários. Assim que tiver mais novidades, avisarei.

* Aproveito o post para anunciar uma outra novidade: o Yogoberry do Santa Úrsula foi, enfim, inaugurado. Assim como os outros não tem mirtilos, mas tá valendo mesmo assim.

Compartilhem o resultado do meu primeiro pão


Como meu amigo Neto Guido já comentou, este blog está mesmo com cara de um blog de gastronomia, pois a maioria dos posts é sobre comida. Como gosto mesmo deste assunto e invisto boa parte do meu salário com restaurantes e supermercados, Gastronomia, qualquer tipo, será a minha prioridade por aqui. Mas, não se espantem se encontrarem algum desabafo em forma de texto, pois eles continuarão a existir.

Neste post, quero compartilhar com vocês o desastre que foi a minha primeira tentativa com a máquina de fazer pão, da marca Mallory. Após meses, talvez anos, ensaiando a compra - ouvi os prós e os contras de muitas pessoas antes de passar o meu cartão de crédito para a aquisição - encontrei uma boa promoção e mandei ver, já sabendo que mesmo a máquina fazendo tudo sozinha, não seria fácil sair de lá um pão quentinho, saboroso, leve e igual daqueles que a gente encontra na padaria.

Com certeza, eu tive boa parcela de culpa na catástrofe. Errei na temperatura da água e na quantidade da farinha. Sei disso. Foi a primeira vez que usava a máquina e, confesso, também a minha primeira vez tentando fazer um pão. Vou comprar uma balança para nunca mais colocar farinha a mais ou a menos. Os pães que vieram na sequência até que estavam comíveis, mas nada muito espetacular. Mas já vale pela sensação de ter um pão caseiro em casa para comer a hora que for.  Já pedi umas dicas para quem tem a máquina e sabe bem como deixá-lo do jeito ideal. Assim vou melhorando a cada tentativa. Da primeira vez, o resultado foi parar no lixo após quatro longas horas de espera. Ficou cru, sobrou farinha, não cresceu. Ri.

Duets: Não vale o quanto pesa

Desde que o Duets, em Ribeirão Preto, implantou o sistema self service ensaio para ir almoçar lá. O restaurante contratou João Roberto, um renomado chefe desta digna cidade, para ser o coordenador dos menus diários. João Roberto era o proprietário do La Pyramide, um restaurante francês, com poucas mesas, conhecido também por assaltar os seus clientes na saída.

Após assistir a uma propaganda do Duets, na qual João Roberto mostrava que dobradinhas e rabadas seriam adicionadas ao cardápido, decidi mesmo que precisava ir até lá. Não por mim, pois passa longe do meu paladar essas comidas extravagantes. Mas o meu marido simplesmente adora (são as comidas que ele mais gosta na vida) e faz verdadeiras sagas pelas cidades onde passa para descobrir quais são os restaurantes que servem os melhores pratos. Somamos aqui também a moela e o ossobuco. Eu só olho.

Enfim, decidimos encarar o Duets num domingão, mais espeficicamente hoje. Vamos ao preço, que é o que interessa: R$ 52 por pessoa, sem incluir as bebidas. Pelo preço e pelo renomado chefe tinha certeza que iria comer até dizer chega. Engano meu. Mario, meu marido, começou pela dobradinha. Não gostou, achou adocicada e com gosto acentuado de cenoura. Sem tempero. "Já comi muitas muito melhores", reclamou o consumidor exigente de dobradinha.

Dirigiu-se, então, até o refratário da rabada. Ao colocar a comida no prato, já veio a primeira reclamação: não era rabada, era ragú, pois a carne estava desfiada. "Deve ser para ninguém comer com a mão", concluiu. O gosto de cenoura era o mesmo da dobradinha. Avaliação geral: faltou tempero ou alguma coisa mais marcante, que poderia ser a pimenta ou um vinho. Eu, como não entendo nada disso, só estou repassando a mensagem.

Sobre o que eu comi: um peixe "Dourado" que estava muito bom. Um risoto de limão siciliano que estava ruim. É sério. Estava seco e sem gosto. Um talharine verde com molho branco: nada de mais. Qualquer macarrão que a minha mãe faça é muito melhor. De sobremesa, docinhos caseiros. E só.

Definitivamente, não vale o quanto pesa. Só volto lá se for para comer hambúrguer. Nisso sim a casa é especialista. A conta é salgada, mas na comida falta tempero. Nada contra o chefe, que deve ser bom mesmo porque ele é o queridinho das revistas de grastronomia. Das revistas de Ribeirão, só para ficar claro. Não sei qual a aceitação dele no resto do mundo. Mas a mim, não agradou. Como não haverá próxima vez, deixa pra lá.

Seis meses sem fumar: ainda não é o fim dos pesadelos noturnos

Seis meses se foram desde que decidi parar de fumar. Nenhum trago desde então. No último sonho que tive, fumava sem culpa e com prazer. Foi diferente dos outros sonhos, quando um simples trago era motivo de peso na consciência. Dessa última vez, estava numa festa quando decidi pegar um cigarro sentar sozinha em uma mesa redonda que ficava dentro da cozinha e fumar, fumar, fumar. Só lembro de ter sentido no sonho a fumaça entrando pelos meus pulmões e ter gostado disso. O interessante foi que ninguém da festa me criticou por eu estar quebrando os seis meses de jejum.

Quando acordei, me lembrei que a cabelereira da minha mãe, a Lia, me disse certa vez que após ter decidido parar de fumar foram necessários dez anos (sim, senhores, dez anos) para que ela nunca mais sentisse nenhuma vontadinha de dar um trago. Dez a-nos para que ela se sentisse como se nunca tivesse fumado na vida. Fiquei branca na hora por pensar que ainda tenho nove anos e meio pela frente. Veremos.

Zoe, uma nova hamburgueria

Como não gosto de ser portadora apenas de más notícias, vou anunciar uma hamburgueria nova em Ribeirão Preto, a Zoe. Descubri o lugar quando decidi passar pela última vez na frente do Chicken in só para ter certeza de que tinha mesmo fechado para sempre e não temporariamente. Ainda tinha a ilusão que ele podia estar em reformas ou em fechamento por luto. Já tem lá uma nova placa e o frango cedeu lugar à Cabana Verde, que ainda está em obras.

No caminho, passei em frente a Zoe, que ainda não tinha sido inaugurada, mas já estava com jeitão de estar tudo pronto. Decidi voltar lá ontem. O lugar tem uns lanches diferentes, como com carne seca e salsicha ou frango com hambúrguer, mas também tem os tradicionais sandubas. O preço é bem camarada e dá para escolher qual o tipo de carne - tem picanha, churrasco, lombo, hambúrguer normal, de frango e aquela super picanha premium, mais conhecida como hamburgão. Para os vegetarianos, várias opções com hambúrguer de soja.

O lanche foi servido rapidamente. Mas, como em todo lugar nessa bendita cidade, o que deixa a desejar é o serviço, nesse caso, o do garçom, que é Zé. Totalmente Zé. Pedimos uma Heineken e ele disse que não trabalhava com essa marca. Dissemos que estava no cardápido. E tinha Heineken. Pedimos uma batata individual e ele disse que essa opção só acompanhava os pratos executivos. Dissemos que constava como opcional na sessão de lanches. "Ah, é", ele respondeu. Checou nossos lanches três vezes para ter certeza que tinha anotado certo. Ele deve saber que é Zé. Ponto positivo para ele. Antes de fazer o meu pedido, tinha perguntado sobre os laches vegetarianos, mas ele me disse que ainda não estavam servindo.

Quando estava indo embora perguntei ao dono quando poderia voltar para comer os hambúrgueres de soja e ele disse que já estavam servindo. Enfim, Ribeirão ganhou mais um lugar para comer sandubas por um preço bacana e não a facada no peito do The Fifities, que numa sentada já se foram cem paus e os garçons também deixam muito a desejar. O dono disse que também terá macarrão ao vivo, em breve.

Ah, a Zoe ou o Zoe fica na rua Paulo Tinoco, mas é só descer aquela rua do posto BR, da Presidente Vargas, que vai para o Irajá. Fica um quarteirão da avenida. E tenham paciência com o garçom. Vai valer a pena

Um som incômodo durante o almoço

Eu juro que evitava ao máximo escrever sobre ela. Talvez em respeito à idade. É, deve ser isso. Não queria fazer críticas nem piadas de uma senhora que deve ter mais de 70 anos. Pelo menos é o quanto ela aparenta ter. Mas ao esbarrar com ela hoje novamente, não pude deixar de recordar aquele dia.

Quando ela me surpreendeu com aquele som, em pleno horário de almoço, tentei não me incomodar. No começo, não sabia de onde vinha o barulho, mas quando procurei e olhei para esta senhora cujo nome eu desconheço, logo entendi que era dela.

Continuei meu almoço, mas já não suportava mais e o barulho conseguia prender mais a minha atenção do que o Video Show. Olhava para ela, imaginando que com um olhar seria possível que ela entendesse a minha insatisfação de estar sentada ao lado dela, naquele dia, naquele horário, naquele restaurante. Não adiantou.

Mudei de mesa. Ainda tinha mais da metade da comida no meu prato e queria muito terminar meu almoço em paz. Mas, não era possível!, o barulho ultrapassava todas as barreiras e chegava aos meus ouvidos como uma avalanche: ssssggghh, tststs, tststs. Continuei a me concentrar no meu prato e no Vídeo Show quando, de novo, chegava tststststs, ssggghhh.

Durante os 25 minutos que demorei para terminar o meu bife com salada de alface, aquela senhora palitou os dentes. Com afinco. Quando um palito quebrava ou ficava gasto, ela não pestanejava em pegar um zero no paliteiro. Então, a senhora se levantou e foi embora. Respirei aliviada. Quando eu decidi ir embora e me dirigi ao caixa, aquela senhora aguardava no café. Qual não foi minha surpresa quando olhei para a carteira dela, que estava em cima da mesa, e me deparei com quatro palitos de dentes, intactos, que ela deveria estar levando para a casa. Deve ser uma espécie de compulsão, pensei.

Hoje, ao chegar ao restaurante dei de cara com a mesma senhora, sentada na mesma mesa. Procurei o lugar mais distante possível, pois para o meu desespero ela já tinha terminado de almoçar e, em breve, começaria a a sua sessão de palitar os dentes. Por sorte, a senhora preferiu guardar alguns palitos na bolsa e fazer isso em casa. Almocei em paz.

Um blog sobre comidas, o Teste Cego

Só uma dica: acessem o novo blog do Luis Manzoli, o http://testecego.blogspot.com/.

De uma ideia sensacional, surgiu o blog espetacular. O cara simplesmente compra produtos de marcas diferentes, coloca uma venda nos olhos e experimenta um por um e depois faz uma avaliação completa. Algo parecido com aquele teste cego da Kaiser. Na verdade, a ideia veio desta propaganda e tudo começou com testes de cervejas. E, sem saber qual cerveja estava tomando, optou pela Itaipava como a melhor. Vai saber. Isso é teste cego!

Leiam. Para o bem da saúde e gula de vocês.

É pura gastronomia.

Quem sou eu

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Jornalista. Ardida. Gosta de livros, música, Mafalda, São Jorge, sorvete, corrida e bicicleta. Canta sozinha na rua e conta helicópteros no céu.

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